domingo, 1 de janeiro de 2012

QUERIA OUVIR TAMBORES SOMENTE PARA DANÇAR, ESTOU CURTINDO
UMA PENA DANADA DE MIM
Para Rubens Eduardo Ferreira Frias
“ Poética
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.”
( Vinicius de Moraes )

O drama de minha mortalha está sendo bordado em ponto paris e de cruz.
Rosa de agulha espeta o espinho.
Eu tenho uma dor que está escondida na ponta do espinho.
Caio no precipício de sais
/um cachorro late dentro de minha cabeça
“é uma dor canalha que te desespera”
Por enquanto eu quero que minha vida seja insuportável
Por que tudo em mim alucina o que deve ser feito
O melhor vive imaginado
Sinto frio no morrer da festa
Um fio de meu cabelo desliza em teu tosto
Que já vai para a catacumba.
Obs: escrevi esse poema em 8 de agosto de 2011 nos braços de Rubens
E meu amado Rubens faleceu em 22 de setembro de 2011.