sexta-feira, 29 de agosto de 2014

vamos mariandradiar



(POEMA DE ROSA KAPILA & EDU PLANCHÊZ )
Vamos Mariandradiar

Dedo apontado para Anita Mafaltti
suadouro de Semana
As lembranças de Semana de Arte Moderna pululam
Fugi para uma cidade
me escondi numa mina de carvão
selvagem!!!!! Chamem-me
para um café subterrâneo.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

a aranha cruzada beija



(POEMA DE ROSA KAPILA)
A ARANHA CRUZADA BEIJA A BOCA DA ABELHA
Para Diego El Khouri
Não falo de amor há muito tempo
/nem sobre aquele belo branco.
Eu dizia versos para amamentar meus seios.
Com um controle remoto na mão tenho a aurora.
Amarrada me uni a nada.
Rodo meu colar e ele fica bêbado até cair num bueiro.
Sangra,boca, que, por um instante ocupa todo o meu corpo.
Recordo
Delgado
Silencioso Bristol de zumbas calafetadas
/revive árvore de diadema carregada de frenesi
/de um mundo sem janelas.
Quero apenas um pote de sorvete,
/corpo,cadeira, sonhos afortunados.
Vou.Oceano Pacífico me espera
/dormindo sobre travesseiro de camomila.
Ansiedade partindo a hora
Luto entre metais retorcidos de perguntas.
Chegará a hora que o relâmpago azul será só meu.
Entrestecida a aurora chega.
Imperdível esse mundo de bocas calhordas.
Desprezem emigrem rujam para nostálgicos horizontes.
Escondam-se.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Formigas me dão bom dia.....

(POEMA DE ROSA KAPILA)

FORMIGAS NA JANELA ME DÃO BOM DIA

A formiga é pequena, mas elas são um exército quando juntas (Raul Seixas)

Para minha querida amiga Valma Lopes

Se dessa vida só levamos a alma, quero andar muito

/até chegar ao mar.

Eu e Margaret Atwood já estamos comendo na cozinha;

/na própria panela.

Assim fazem as pessoas sozinhas.

Por baixo desse corpo, sou quase um animal predador.

Perdi cinco páginas de poemas esperando passaporte.

Azedei.

Independência demais... diria meu pai.

Devemos substituir a criação pela autobiografia?

Qual título darei a esse poema?

Uma de minhas especialidades: catacumba.

Confeccionarei uma camisola estilizada.

Pés descalços, nervosos e fingimento.

Habitarei um castelo assustador

Se houver corujas fujo para uma catacumba

Volto à autobiografia: enquanto esperava o passaporte,

Alguém pisou no dedo mais sensível e querido meu.

Ai meus sais!

Você foi bem vindo e adeus você nega com uma mirada.

Limpo o ouvido para a arte de amar.

Sem Shakespeare não vivo.

sábado, 16 de agosto de 2014

CORUJAS DAS TORRES


 (POEMA DE ROSA KAPILA)

CORUJAS DAS TORRES

“Pra mim livro é vida; desde que eu era muito pequena,

os livros me deram casa e comida.”

(Lygia Bojunga Nunes)







MEUS LIVROS ABERTOS

EM PÚBLICO

SÃO MISTÉRIOS PARA O SOSSEGO

DE UMA VIDA.

MEU CORPO VAI  VAGUEANDO

DE ENCOSTA EM ENCOSTA

ÀS VEZES NÃO QUERO PONTUAÇÃO

PORQUE PRECISO FAZER SAFÁRI

COM AS PALAVRAS

VENHO COMPONDO

A CENA MISTERIOSA

DOS LIVROS QUE LI

QUERO FAZER FALAR

ALGUMAS CRIATURAS

DE CHECOV  &  SHAKESPEARE.

A LUA ENTRE ÁRVORES

ME  ANUNCIA  A NOITE...

A NOITE QUE LI DE  ALLAN POE

E MAIS:

SE O VIAJANTE NUMA NOITE

DENTRO DA NOITE VELOZ

NADA BRANCO À NOITE

SONHO DE UMA  NOITE DE VERÃO

A NOITE DOS TEMPOS

CORUJAS DAS NOITES.

NÃO PRECISO MATAR A LUA

PRA TER NOITE.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O RIO SEMPRE QUER SER VISITADO

O RIO SEMPRE QUER SER VISITADO
“As lagartas cabeludas que caíam
/dos seus galhos e voltavam a subir,arrastando-se
/me ensinaram a determinação”.

(Clarissa Pinkola)