domingo, 27 de setembro de 2009

A SOLIDÃO DOS ESCONDIDOS
“Um dia escreverei música para as pessoas
rezarem”
(Brian Wilson)

A confusa desordem das ruas e dos jornais
Me calam.
Vejo que os gatos se escondem de mim
/enquanto agoniada, construo meus silêncios
/que estão chegando...
um pássaro arreda para eu passar.
Trago na bolsa sementes para muitos pássaros
/que vivem a solidão dos escondidos.
Larguei num buraco rotundo
/aquele gostinho de inferno que tive
/em 26 de maio desse corrente ano.
Minha mão está em movimento...
Sinto-me como uma maratonista
Correndo atrás do universo e isto ilumina
/um dilema.
O mundo está cheio de palavras que choram
/para serem ditas.
Contudo têm coisas que não posso negociar
/comigo mesma.
Por esta razão vou ter que pegar dinheiro
/e palavras no meu cofre de guerra.
Essa introspecção mórbida e dúbia
/faz efeito.
Os outros perigos serão indicados
/brevemente.
Adianto que cortei o pé de urtiga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário