QUERO SER UM DINOSSAURO
“Reverencio meu corpo, esta matéria
à qual estou confinado... Falo de mistérios!”
( Henry David Thoreau )
Preciso pendurar vírgulas
Porque a vida oferece muitas atividades úteis.
O que pode o mundo exterior saber do interior?
Queria fazer o poema como uma mola, sinfônico.
Às vezes me canso dos infindáveis jogos e disfarces das letras.
Fico pensando em algo mais forte... na trabalheira de
Einstein para juntar gravidade e eletromagnetismo.
Estou de saco cheio de:
Casa
Mesa
Lâmpada
Meu saleiro de madeira
Quero ser um dinossauro
Detesto essa consumição de lembrar e esquecer.
domingo, 19 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
ARRANCANDO AS ASAS DE MEU ANJO
“Jamais as profecias comunicam mensagens
agradáveis aos mortais”
( In: Oréstia, de Ésquilo )
Escrevi numa letra degenerada
Num verdadeiro périplo o receituário da
/angústia e pesquisas sobre o teórico da decepção.
Como um peixe em seu mar faço a recolha.
A desesperança deve servir para alguma finalidade
/criadora.
Bobagem...
Mas tenho curiosidade de ver algumas pessoas
/se alimentar...
Retorço as mãos como raízes e penso que o inferno
/deve ser bem mais agradável do que essa sensação.
Deixei uma vírgula, pendurada, de propósito.
Carreguei meu anjo para a pátria espiritual de Kafka.
Lá, eu arranquei suas asas.
“Jamais as profecias comunicam mensagens
agradáveis aos mortais”
( In: Oréstia, de Ésquilo )
Escrevi numa letra degenerada
Num verdadeiro périplo o receituário da
/angústia e pesquisas sobre o teórico da decepção.
Como um peixe em seu mar faço a recolha.
A desesperança deve servir para alguma finalidade
/criadora.
Bobagem...
Mas tenho curiosidade de ver algumas pessoas
/se alimentar...
Retorço as mãos como raízes e penso que o inferno
/deve ser bem mais agradável do que essa sensação.
Deixei uma vírgula, pendurada, de propósito.
Carreguei meu anjo para a pátria espiritual de Kafka.
Lá, eu arranquei suas asas.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
A POESIA NÃO TEVE UM ÚNICO SANTO
“Se há um inferno, eu encontrei-o, pois se não
está aqui, onde Diabo estará?”
(Fernando Pessoa)
Meu pensamento trágico descia pelo meu pé.
- Se você desistisse e entregasse os pontos, Rosa
Maria e deixasse de escrever!
Não quero desvendar esse “lugar antes.”
Quando foi que meu estilo literário tornou-se
/um comportamento?
A depressão, esse monstro da tarde, sempre aparece.
A noite, finalmente, chega-se a mim.
Olhei para o rosto oval, sem malícia.
Mas, parece, ele pisa tudo quanto ler.
E tal qual Santa Teresa D’Ávila emanei
/chispas de Amor.
Preferi comungar com Gary Snyder: “paz, guerra,
/religião, revolução, amor, não servem para nada.”
Sou um eu inútil para muita gente.
Dores ou prazeres, infernos, dão no mesmo.
Trêmula, fiquei acariciando o estado de Buda
/e delirando por uma perfeita iluminação.
Tive inveja de meu amigo Blanchot quando na rua
/escura ele olha pra cima e diz:
- Nasci ali.
Sei que não posso olhar pra cima duma janela
/ e dizer nasci ali... porque nem sei direito dizer
onde nasci.
- Ei! – grita meu amigo – que cara é essa?
Jamais eu vou querer que ele adivinhe meu
/pensamento trágico descido pelo pé... preferi
/sair com essa: “Nunca que na poesia alguém vai virar
/santo.”
- Pra que serve ser santo? Ou santa?
Não respondi, me sentia como uma Diaba
/dos infernos.
No fim da ladeira, eu gotejo.
Eu sou chuva.
“Se há um inferno, eu encontrei-o, pois se não
está aqui, onde Diabo estará?”
(Fernando Pessoa)
Meu pensamento trágico descia pelo meu pé.
- Se você desistisse e entregasse os pontos, Rosa
Maria e deixasse de escrever!
Não quero desvendar esse “lugar antes.”
Quando foi que meu estilo literário tornou-se
/um comportamento?
A depressão, esse monstro da tarde, sempre aparece.
A noite, finalmente, chega-se a mim.
Olhei para o rosto oval, sem malícia.
Mas, parece, ele pisa tudo quanto ler.
E tal qual Santa Teresa D’Ávila emanei
/chispas de Amor.
Preferi comungar com Gary Snyder: “paz, guerra,
/religião, revolução, amor, não servem para nada.”
Sou um eu inútil para muita gente.
Dores ou prazeres, infernos, dão no mesmo.
Trêmula, fiquei acariciando o estado de Buda
/e delirando por uma perfeita iluminação.
Tive inveja de meu amigo Blanchot quando na rua
/escura ele olha pra cima e diz:
- Nasci ali.
Sei que não posso olhar pra cima duma janela
/ e dizer nasci ali... porque nem sei direito dizer
onde nasci.
- Ei! – grita meu amigo – que cara é essa?
Jamais eu vou querer que ele adivinhe meu
/pensamento trágico descido pelo pé... preferi
/sair com essa: “Nunca que na poesia alguém vai virar
/santo.”
- Pra que serve ser santo? Ou santa?
Não respondi, me sentia como uma Diaba
/dos infernos.
No fim da ladeira, eu gotejo.
Eu sou chuva.
sábado, 4 de julho de 2009
JOANA DARC TAMBÉM OUVIA VOZES
“Até os peixes não têm mais sossego na
casinha deles” (Rosa Kapila )
Para minha amiga Katia Castro pelo seu aniversário
Pra você, uma torta de maçã e um soneto, irmã!
Eu tinha medo daquele jardim
Um pé de flor num sapato de courão antiguinho rachado.
Gastura me dava, cada dia mais tensa e aflições novas
/chegando.
Olhava a senhora adubando a sua horta.
Eu tremo
Tu tremes
Ela treme.
Como testemunhas eu e as abelhas ébrias
/sussurrantes.
Aquele pé de flor no sapato encharcado de adubo
Me lembrava Edgar Allan Poe com seus contos
/de emparedamento.
Um dia a senhora me disse: “eu ouço vozes e minhas
/ervas eu colho dos sapatos.”
Eu sorri e disse ok vizinha depois eu pego uns pés
/de orégano.
“Tem pé de melhoral, também.”
Desci a ladeira bolada: Joana Darc também ouvia vozes.
Normalmente eu fico à janela até a hora em que
/a velha senhora delira.
“Até os peixes não têm mais sossego na
casinha deles” (Rosa Kapila )
Para minha amiga Katia Castro pelo seu aniversário
Pra você, uma torta de maçã e um soneto, irmã!
Eu tinha medo daquele jardim
Um pé de flor num sapato de courão antiguinho rachado.
Gastura me dava, cada dia mais tensa e aflições novas
/chegando.
Olhava a senhora adubando a sua horta.
Eu tremo
Tu tremes
Ela treme.
Como testemunhas eu e as abelhas ébrias
/sussurrantes.
Aquele pé de flor no sapato encharcado de adubo
Me lembrava Edgar Allan Poe com seus contos
/de emparedamento.
Um dia a senhora me disse: “eu ouço vozes e minhas
/ervas eu colho dos sapatos.”
Eu sorri e disse ok vizinha depois eu pego uns pés
/de orégano.
“Tem pé de melhoral, também.”
Desci a ladeira bolada: Joana Darc também ouvia vozes.
Normalmente eu fico à janela até a hora em que
/a velha senhora delira.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
POEIRA DE OSSOS
A LUMINÁRIA ESTÁ FRACA
MAS EU SÓ QUERO QUE A LINGUAGEM REALIZE
AQUILO QUE SÓ A LINGUAGEM
PODE REALIZAR
OS INSTANTÂNEOS
AS RECRIAÇÕES DE UMA CENA
POESIA
DIZEM QUE É INÚTIL
MAS TÃO BOA!
MEUS DESCONJUNTADOS NERVOS
SINALIZAM MANOBRAS ESPECIAIS PARA MIM.
QUERO REGISTRAR MINHAS PEREGRINAÇÕES
EU SOU UMA BALADA ANÔNIMA
EU CONHEÇO UMA CIDADE
EU CONHEÇO UMA PRAÇA
UM MINUTO
UM DIA.
CASCAS DE OVOS ASSADAS
FORMAVAM MONTINHOS DE VITAMINAS PARECENDO POEIRA DE OSSOS
EM FORMA DE FORMIGUEIRO.
A LINGUAGEM RETUMBANTE
APLAUDE
É O BARULHO DA CIDADE
QUE BROTA.
JÁ PODEMOS PLANTAR PESSOAS.
A LUMINÁRIA ESTÁ FRACA
MAS EU SÓ QUERO QUE A LINGUAGEM REALIZE
AQUILO QUE SÓ A LINGUAGEM
PODE REALIZAR
OS INSTANTÂNEOS
AS RECRIAÇÕES DE UMA CENA
POESIA
DIZEM QUE É INÚTIL
MAS TÃO BOA!
MEUS DESCONJUNTADOS NERVOS
SINALIZAM MANOBRAS ESPECIAIS PARA MIM.
QUERO REGISTRAR MINHAS PEREGRINAÇÕES
EU SOU UMA BALADA ANÔNIMA
EU CONHEÇO UMA CIDADE
EU CONHEÇO UMA PRAÇA
UM MINUTO
UM DIA.
CASCAS DE OVOS ASSADAS
FORMAVAM MONTINHOS DE VITAMINAS PARECENDO POEIRA DE OSSOS
EM FORMA DE FORMIGUEIRO.
A LINGUAGEM RETUMBANTE
APLAUDE
É O BARULHO DA CIDADE
QUE BROTA.
JÁ PODEMOS PLANTAR PESSOAS.
AS MANGAS, AS MANGAS
MANGAS CONTRA O VENTO
AMARELAS... MORTAS
APANHO
A PENA CAÍDA
DE UM PÁSSARO
E COÇO A PERNA
COM UMAS PINTAS PRETAS
SERÁ CÂNCER?
SERÁ PANO BRANCO?
SERÁ VITILIGO?
NÃO, FOI UMA TARÂNTULA QUE POR AQUI PASSOU
EM BORA BORA.
ME ENFRONHO DE NOITE PARA ESCURECER OS OLHOS
E NÃO ENXERGAR O QUE É CLARO
E NÃO ENXERGAR AS PINTAS PRETAS.
TENHO MEDO QUE O MAIOR ÓRGÃO DO CORPO ( A PELE )
VIRE UM CAPOTE PINTADO.
APANHO AS MANGAS
QUE REBOLAM LADEIRA ABAIXO DE SANTA TERESA
MORTAS... AMASSADAS...
AMARELAS.
MANGAS CONTRA O VENTO
AMARELAS... MORTAS
APANHO
A PENA CAÍDA
DE UM PÁSSARO
E COÇO A PERNA
COM UMAS PINTAS PRETAS
SERÁ CÂNCER?
SERÁ PANO BRANCO?
SERÁ VITILIGO?
NÃO, FOI UMA TARÂNTULA QUE POR AQUI PASSOU
EM BORA BORA.
ME ENFRONHO DE NOITE PARA ESCURECER OS OLHOS
E NÃO ENXERGAR O QUE É CLARO
E NÃO ENXERGAR AS PINTAS PRETAS.
TENHO MEDO QUE O MAIOR ÓRGÃO DO CORPO ( A PELE )
VIRE UM CAPOTE PINTADO.
APANHO AS MANGAS
QUE REBOLAM LADEIRA ABAIXO DE SANTA TERESA
MORTAS... AMASSADAS...
AMARELAS.
ESTRANHEI MINHA SURPRESA
UM PRONOME AMBÍGUO
ME INSPIRA OU FOI O SUBSTANTIVO?
E EU AINDA NÃO DISSE NADA
DE MINHAS AGONIAS E ALEGRIAS
QUERIA FALAR DE POEMAS CURTOS
DE TARDES INÚTEIS
AGORA EU TENHO MINHA FORMA E MEU ASSUNTO
E MINHAS REBELIÕES SEMPRE ESTÃO COMIGO
PERSONAGENS?
NÃO AS ABANDONO NO MEIO DO CAMINHO.
CARREGO UM EMARANHADO DE CAPIM EM MEUS CALCANHARES
EM ESCADAS DA IGREJA DA LAMPADOSA FAÇO HIGIENE.
DOIS POMBOS ME OBSERVAM E UM TERCEIRO VOA.
UM CURIOSO APARECE
E DIZ QUE TRADUZIU COMIGO "BOLA DE SEBO"
EM VOLTA REDONDA.
EU NÃO SEI COMO AGÜENTAR ESSA BREVE PARTE DE MIM:
ENTRE A SURPRESA E A VERGONHA
PREFIRO ME COMOVER.
LEMBRO APENAS QUE O APELIDO
DE MEU COLEGA ERA BAMBI.
AH SE MEUS CALCANHARES FOSSEM MÃOS!
EU OCULTARIA O DIA.
UM PRONOME AMBÍGUO
ME INSPIRA OU FOI O SUBSTANTIVO?
E EU AINDA NÃO DISSE NADA
DE MINHAS AGONIAS E ALEGRIAS
QUERIA FALAR DE POEMAS CURTOS
DE TARDES INÚTEIS
AGORA EU TENHO MINHA FORMA E MEU ASSUNTO
E MINHAS REBELIÕES SEMPRE ESTÃO COMIGO
PERSONAGENS?
NÃO AS ABANDONO NO MEIO DO CAMINHO.
CARREGO UM EMARANHADO DE CAPIM EM MEUS CALCANHARES
EM ESCADAS DA IGREJA DA LAMPADOSA FAÇO HIGIENE.
DOIS POMBOS ME OBSERVAM E UM TERCEIRO VOA.
UM CURIOSO APARECE
E DIZ QUE TRADUZIU COMIGO "BOLA DE SEBO"
EM VOLTA REDONDA.
EU NÃO SEI COMO AGÜENTAR ESSA BREVE PARTE DE MIM:
ENTRE A SURPRESA E A VERGONHA
PREFIRO ME COMOVER.
LEMBRO APENAS QUE O APELIDO
DE MEU COLEGA ERA BAMBI.
AH SE MEUS CALCANHARES FOSSEM MÃOS!
EU OCULTARIA O DIA.
ESCREVENDO CARTAS NUM LAGUINHO DE LÓTUS
CRUZEI FACA E GARFO
PARA ATRAIR UM RITUAL DE BOM APETITE
E LOGO ADORMECI COM A CABEÇA DENTRO DO PRATO
PARA SONHAR COM UM CORREIO NOTURNO
DANDO BANHO EM CARTAS NUM LAGUINHO DE LÓTUS.
CORRO PARA A VARANDA E ALGUÉM COSPE
CAROÇO DE UVA DO APARTAMENTO DE CIMA.
SEMPRE ASSIM É
SÓ QUANDO DURMO COM O LIVRO DO JAPONÊS YASUNARI KAWABATA
NA CARA.
ELE FALA MUITO DE PÃES COM CARTAS.
EU FICO SACOLEJANTE
NA CAMA MAGRA
E PENSO EM UM LUGAR
QUE NÃO FICA EM PARTE ALGUMA.
KAWABATA ME IMPRESSIONA
COM UMA IDÉIA UNIVERSAL
SERÁ POSSÍVEL ABRIR AVENIDAS PARA NOVOS ESCRITORES?
COMEÇO A TRABALHAR EM FAZER VERBOS
COMO UMA DISCÍPULA.
TENHO PENA DAS COISAS VERDADEIRAMENTE TRISTES.
CRUZEI FACA E GARFO
PARA ATRAIR UM RITUAL DE BOM APETITE
E LOGO ADORMECI COM A CABEÇA DENTRO DO PRATO
PARA SONHAR COM UM CORREIO NOTURNO
DANDO BANHO EM CARTAS NUM LAGUINHO DE LÓTUS.
CORRO PARA A VARANDA E ALGUÉM COSPE
CAROÇO DE UVA DO APARTAMENTO DE CIMA.
SEMPRE ASSIM É
SÓ QUANDO DURMO COM O LIVRO DO JAPONÊS YASUNARI KAWABATA
NA CARA.
ELE FALA MUITO DE PÃES COM CARTAS.
EU FICO SACOLEJANTE
NA CAMA MAGRA
E PENSO EM UM LUGAR
QUE NÃO FICA EM PARTE ALGUMA.
KAWABATA ME IMPRESSIONA
COM UMA IDÉIA UNIVERSAL
SERÁ POSSÍVEL ABRIR AVENIDAS PARA NOVOS ESCRITORES?
COMEÇO A TRABALHAR EM FAZER VERBOS
COMO UMA DISCÍPULA.
TENHO PENA DAS COISAS VERDADEIRAMENTE TRISTES.
DOM PERTURBADOR
EU APRENDO COM OS INSETOS A TECER
A MOVER-ME INQUIETA
E NOS MOMENTOS ESTRANHOS
GORJEIOS CANÇÕES DE SONHOS
LEMBRO DE MIM OCULTANDO
O DIA
AMUADA
ESCONDENDO A SURPRESA E O MEDO DE SUPORTAR.
NINGUÉM MAIS ESTÁ FALTANDO
NA MINHA CONTA DA MADRUGADA
NINGUÉM MAIS ESTÁ FALTANDO
NEM OS ORIGINAIS DOS POETAS
NINGUÉM MAIS ESTÁ FALTANDO
NEM OS POETAS DA METADE.
APRENDO A TECER COM OS INSETOS
APRENDO A MORDER COM AS FERAS.
BREVES EXPERIÊNCIAS
ME FAZEM VER
A QUANTIDADE DA VIDA.
EU APRENDO COM OS INSETOS A TECER
A MOVER-ME INQUIETA
E NOS MOMENTOS ESTRANHOS
GORJEIOS CANÇÕES DE SONHOS
LEMBRO DE MIM OCULTANDO
O DIA
AMUADA
ESCONDENDO A SURPRESA E O MEDO DE SUPORTAR.
NINGUÉM MAIS ESTÁ FALTANDO
NA MINHA CONTA DA MADRUGADA
NINGUÉM MAIS ESTÁ FALTANDO
NEM OS ORIGINAIS DOS POETAS
NINGUÉM MAIS ESTÁ FALTANDO
NEM OS POETAS DA METADE.
APRENDO A TECER COM OS INSETOS
APRENDO A MORDER COM AS FERAS.
BREVES EXPERIÊNCIAS
ME FAZEM VER
A QUANTIDADE DA VIDA.
Assinar:
Postagens (Atom)