sexta-feira, 20 de março de 2009

A OBRA VIVE DE SUA VIDA

“En la lucha de clases/ todas las armas/
son buenas/ piedras/ noches/poemas”
( Paulo Leminski )


Minha rede invisível me balança/
e meu poema-surdo, envelhece.
Meu coração está quebrado /
como o mármore do açúcar que acoberta o bolo...
por onde formigas felizes sobem e descem.

Cheiro a noite igual Jean-Baptiste Grenouille
de“O Perfume”.
Mas são minhas mãos que enxergam tudo...
E lá vou eu...cansada de meus irmãos Karamazov.
Minha doença me deixa intoxicada
em minha própria dor.
Meu ouvido pensante me diz:
eu gosto de doença
mas não gosto de remédio.

(rosa kapila)

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