sábado, 28 de novembro de 2009

UM OLHANDO UM & UM OLHANDO OS OUTROS
“O coração em paz vê festa em todas as aldeias”
(Provérbio índio )
Para meu amigo Edson Melo

Cavuco os segredos de meus armários escuros, porões
/e quartos silenciosos.
Qual labirinto obnublado foi esse que me deu todos
/os sabores?
Pedaços de informações para perder o medo de
/estar errada.
Vôo até Sêneca com seus dramas vingativos
/e seu beijo final em meio à bruma.
Quero ser estimulada pela novidade da
/experiência imediata.
Meu corpo-mamífero-humano de bilhões
/de anos vira pedaços do ser.
O sol passa por mim como uma visão
/e finge que não me vê.
Blake me oferece rosas coradas
/quando o fecho de minha bolsa prende
/minha mão.
A poesia é biológica, não tem jeito.
Meus neurônios gritam para meus tímpanos
Ansiedades
Nostalgias
Devaneios
Carne pensante, faça sua saudação
/àqueles que me lêem.

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