O MELHOR LIVRO DO NADA SOBRE TUDO ( Romance de Rosa Kapila )
PARTE 1
Agradeço a Jerry Seinfeld quando descobri que um dos grandes
prazeres dessa vida é ver outras pessoas trabalhando. A pessoa de que tenho
mais lembrança de que trabalhava muito era papai. Ele acordava às 3 da matina e
ia vender alho,cebola,cominho e pimenta do reino. Não era feliz por ver meu
papai trabalhando para sustentar 10
irmãos. Meu cérebro nasceu para brincar. Trata-se de uma ironia porque aos 4
anos meu pai me levava para trabalhar com ele. Eu ficava feliz de ter o prazer
de acordar naquela hora e ver estrelas e lua no céu.Eu vi em Teresina o Cometa
Halley, imenso e lindo. Sempre tive diários e dizia com franqueza
que eu queria trabalhar com encomendas. Como dia Sêneca: “a verdadeira
alegria é uma coisa séria.”
O certo é que um passeio
entre multidões é bem diferente de um passeio à natureza.A questão da
encomenda decifro como fazedora de livros e, também vendedora. Entro muito em
livrarias mesmo sabendo que não vou comprar nada. Às vezes
só por curiosidade pergunto se tem
livros de Rosa Kapila. Quando os
livreiros e vendedores são desconhecidos nunca revelo que sou a Rosa. Para mim
o melhor lugar do mundo é o Rio de
Janeiro.
Deve ser horrível ter certos tipos de trabalhos. Alguém
inventou o éden em Santa Teresa.
Quando fico assistindo a alguém concerto no Largo da Carioca
vejo a felicidade nos rostos dos músicos. Olho demais as pessoas....outro dia uma moça voltou e me puxou pelo braço e perguntou “por que você olhou tanto pra mim?” Falei a
verdade: “sou escritora e olho demais
para as pessoas”. Ela me convidou para um café na Casa Cavé. Ficamos amigas. Ela é Historiadora e eu pedi
que ela me contasse a origem da Praça Tiradentes, tendo em vista que
moro do lado dela e toda manhã tomo banho de sol em seus bancos. Kívia, é este seu nome ficou feliz
quando decidiu me contar a história
da Praça Tiradentes.
“A atual Praça Tiradentes teve origem, nos idos do Séc.
XVII, no desmembramento do então chamado Campo de São Domingos. Em 1690
chamava-se Rossio Grande, em clara alusão ao Largo do Rossio lisboeta; mais
tarde, passou a Campo dos Ciganos, devido à chegada, de Portugal, de um grupo
desses nômades, e que ali montaram, por algum tempo, suas barracas. A partir de
1747, com a construção da Capela de NªSª da Lampadosa, passou a ser conhecida
como Campo da Lampadosa. Em 1808, passou a ser o Campo do Polé, graças à
instalação, no local, de um pelourinho. Em 1821, passou a ser chamada Praça da
Constituição; D. Pedro, assumindo o posto de Príncipe Regente, jurou fidelidade
à Constituição Portuguesa de uma das varandas do Real Teatro São João que
ficava onde, hoje, encontra-se o Teatro João Caetano. Finalmente, em 1890, ao
aproximar-se o centenário da morte de Joaquim José da Silva Xavier, passou a
ter o nome de Praça Tiradentes, pela proximidade do local onde se acredita ter
sido enforcado o protomártir da Independência.
No centro da praça, o monumento a Pedro I, mandado erigir
por Pedro II, foi inaugurado em 1862. Apresenta o Imperador a cavalo, fardado
de general, segurando com a mão esquerda as rédeas, enquanto com a direita
exibe a Constituição de 1824.(Há quem acredite tratar-se das cartas recebidas
às margens do Ipiranga.) No pedestal, quatro estátuas de bronze representam os
rios Amazonas, Paraná, São Francisco e Madeira. O monumento nasceu de um
concurso internacional, em 1855, vencido pelo brasileiro Maximiliano Mafra, e
foi construído em Paris por Louis Rochet ( 3º colocado no mesmo concurso) que
tinha como aprendiz o jovem Auguste Rodin.
Em 1865 acrescentaram-lhe quatro alegorias representando as
virtudes das nações modernas: a Justiça, a Liberdade, a União, e a Fidelidade,
depois transferidas para a Praça NªSª da Paz, em Ipanema. O gradil foi
instalado em 1865, e dos oito lampiões iniciais, restam 5. O monumento foi
recentemente restaurado (2006) e as alegorias retornaram, devolvidas à Praça.
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