segunda-feira, 8 de junho de 2015

O MELHOR DO NADA SOBRE TUDO



O MELHOR LIVRO DO NADA SOBRE TUDO ( Romance de Rosa Kapila )
PARTE 1

Agradeço a Jerry Seinfeld quando descobri que um dos grandes prazeres dessa vida é ver outras pessoas trabalhando. A pessoa de que tenho mais lembrança de que trabalhava muito era papai. Ele acordava às 3 da matina e ia vender alho,cebola,cominho e pimenta do reino. Não era feliz por ver meu papai trabalhando para sustentar  10 irmãos. Meu cérebro nasceu para brincar. Trata-se de uma ironia porque aos 4 anos meu pai me levava para trabalhar com ele. Eu ficava feliz de ter o prazer de acordar naquela hora e ver estrelas e lua no céu.Eu vi em Teresina o Cometa Halley, imenso e lindo. Sempre tive diários e dizia com  franqueza  que eu queria trabalhar com encomendas. Como dia Sêneca: “a verdadeira alegria é uma coisa séria.”
O certo é que um passeio  entre multidões é bem diferente de um passeio à natureza.A questão da encomenda decifro como fazedora de livros e, também vendedora. Entro muito em livrarias mesmo sabendo que não vou comprar nada. Às  vezes  só por curiosidade pergunto se tem  livros de   Rosa Kapila. Quando os livreiros e vendedores são desconhecidos nunca revelo que sou a Rosa. Para mim o melhor lugar do mundo  é o Rio de Janeiro.
Deve ser horrível ter certos tipos de trabalhos. Alguém inventou o éden em Santa Teresa.
Quando fico assistindo a alguém concerto no Largo da Carioca vejo a felicidade nos rostos dos músicos. Olho demais as pessoas....outro  dia uma moça voltou e me puxou  pelo braço e perguntou “por  que você olhou tanto pra mim?” Falei a verdade:  “sou escritora e olho demais para as pessoas”. Ela me convidou para um café na Casa Cavé.  Ficamos amigas. Ela é Historiadora e eu   pedi  que ela me contasse a origem da Praça Tiradentes, tendo em vista que moro do lado dela e toda manhã tomo banho de sol  em seus bancos. Kívia, é este seu nome  ficou feliz  quando decidiu me contar a história    da  Praça Tiradentes.

“A atual Praça Tiradentes teve origem, nos idos do Séc. XVII, no desmembramento do então chamado Campo de São Domingos. Em 1690 chamava-se Rossio Grande, em clara alusão ao Largo do Rossio lisboeta; mais tarde, passou a Campo dos Ciganos, devido à chegada, de Portugal, de um grupo desses nômades, e que ali montaram, por algum tempo, suas barracas. A partir de 1747, com a construção da Capela de NªSª da Lampadosa, passou a ser conhecida como Campo da Lampadosa. Em 1808, passou a ser o Campo do Polé, graças à instalação, no local, de um pelourinho. Em 1821, passou a ser chamada Praça da Constituição; D. Pedro, assumindo o posto de Príncipe Regente, jurou fidelidade à Constituição Portuguesa de uma das varandas do Real Teatro São João que ficava onde, hoje, encontra-se o Teatro João Caetano. Finalmente, em 1890, ao aproximar-se o centenário da morte de Joaquim José da Silva Xavier, passou a ter o nome de Praça Tiradentes, pela proximidade do local onde se acredita ter sido enforcado o protomártir da Independência.
No centro da praça, o monumento a Pedro I, mandado erigir por Pedro II, foi inaugurado em 1862. Apresenta o Imperador a cavalo, fardado de general, segurando com a mão esquerda as rédeas, enquanto com a direita exibe a Constituição de 1824.(Há quem acredite tratar-se das cartas recebidas às margens do Ipiranga.) No pedestal, quatro estátuas de bronze representam os rios Amazonas, Paraná, São Francisco e Madeira. O monumento nasceu de um concurso internacional, em 1855, vencido pelo brasileiro Maximiliano Mafra, e foi construído em Paris por Louis Rochet ( 3º colocado no mesmo concurso) que tinha como aprendiz o jovem Auguste Rodin.
Em 1865 acrescentaram-lhe quatro alegorias representando as virtudes das nações modernas: a Justiça, a Liberdade, a União, e a Fidelidade, depois transferidas para a Praça NªSª da Paz, em Ipanema. O gradil foi instalado em 1865, e dos oito lampiões iniciais, restam 5. O monumento foi recentemente restaurado (2006) e as alegorias retornaram, devolvidas à Praça.

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