11/09/2010
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OLHANDO UM PIANO SEM MÚSICA
"As amizades reatadas requerem maiores cuidados que aquelas
que nunca foram rompidas" ( François de La Rochefoucauld )
Para meus amigos do orkut, do twitter, do scribd e para todos
os sebeiros do mundo.
Descongelo a comida numa noite de sábado sem visitas.
Passo na Riachuelo e tenho vontade de entrar num bar de bebuns
mijando no canto da parede.
Os cachorros olham e olham
os gatos se coçam.
Não estou nem aí pra tanta desgraceira.
Eu sou quase uma lady e não posso fazer nada.
Procuro um remédio que me deite; pois estou em pé
por seis dias.
Não quero saber de canalha
de canalha basta eu.
Não acerto contas com dores.
Encontrei minha horta quase morta porque ninguém a orvalhou
e ela diz que somos irmãs e que a afinidade nos une.
Dou uns passos em curvas falsas
tanta procura me entontece
penso em costas
penso em pernas
penso em pés massageados por mim
magra, aguentando peso macio
teu corpo é um gigante em meus braços de pandora.
Vocábulos andando ao léu me chupam pelo bueiro.
Adubaram minha veia com cloreto de sódio
vejo meus dedos tremelicando... tirem-me desse hospital
estudo todas as paredes com olhar de fúria
quero sair daqui
mapa, corpo vazio demais sem querer um voo
Uma roda de caminhão
E nada
Enferma
Eu
Casco de vida.
Escrito por Rosa Kapila às 14h35
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sábado, 11 de setembro de 2010
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