CONTINUAÇÃO DE ROSADAS DICAS PARA SE ESCREVER CONTOS 
38 -  Para   que  se escreva bem, torna-se necessário aquisição de conhecimento. O desconhecimento ou, ainda, a suposição do conhecimento, fará com que o autor ignore possibilidades valiosas e utilize ferramentas inadequadas à formatação de um bom conto.
39 -  Nossas anotações são  nossos   textos-base. E, também devemos anotar  o que vemos ou que ouvimos. Uma inspiração de momento, uma idéia. Escreva até que esgote totalmente o conteúdo de sua mente, até não conseguir mais escrever. Guarde, Isso será um conto em breve!
40 - Se a informação não é preponderante para formatar  um  conto, elimine. Não seja, chato, cansativo ou repetitivo!
41 - Evite a construção de frases longas demais. Evite parágrafos intermináveis e não crie personagens que não terá nenhuma fundamentação.  Não se engane.
42 - Tenha em mente em que estilo vai escrever e que efeito pretende causar.
43- Se você  quer fazer um intertexto, tudo bem pode usar  um texto-base. 
44 - Não deixe a narrativa perder a intensidade. Dê novas informações, percepções. Deixe “coisas” no ar, instigue a curiosidade.
45 - Procure o equilíbrio. Um bom vocabulário qualifica o seu texto. Entretanto, cuidado para não  menosprezar a capacidade de seu  público. 
46 - Não repita palavras em curto espaço de texto. Use sinônimos ou elimine elementos supérfluos. Fique atento a isso!
47 - As descrições são ferramentas importantes para o envolvimento no conto. Porém são breves e intensas. Evite exageros como:  hipérboles
48 - O conto é um arsenal de imagens, sentimentos e emoções. Tente construções diferentes. Inverta orações, reduza artigos. Onde a trama se desenrola, é interessante dar ao leitor um pouco do perfil físico e psicológico da personagem. Sempre no ritmo da narrativa, nada de interrupções bruscas para descrições ou explicações.
49 -  Todo o conto tem uma significação. Mesmo que polêmica. O texto deve ser conduzido tendo em vista o EFEITO e a SIGNIFICAÇÃO.
50 - O conto já foi dividido e dissecado de várias formas. Portanto, fica desconfortável recortá-lo a  um olhar particular. 
51--A ambientação é a alma do conto. Observe que a cronologia é interessante em romances e novelas. Entretanto, é de pequena importância no conto. O conto narra (geralmente) algo que já está em andamento quando o leitor iniciou a leitura, o contista deve, rapidamente, envolvê-lo no clima de sua narrativa.
52—Deve  transmitir informações que se transformem em percepções, imagens, emoções.
53 --A  ambientação, embora fundamental, não pode ser cansativa, com excesso de floreios, com adjetivos repetitivos. Nunca mais que o suficiente.
54 - Outro ponto muito interessante é que, durante a ambientação algo ocorreu, está ocorrendo ou ocorrerá. Naquele pequeno  espaço do texto, algo muito importante vai acontecer.
55 - É a hora de dizer e não contar. É uma etapa em que, normalmente, se gasta mais tempo. Apresentam-se os fatos, o contexto. Explica-se a trama mas, apesar disso, o conto ainda não está lá. O leitor, agora já interessado, pensa “bem, vamos ver onde isso vai dar”.  O final poderá  ter vários nuances. Pode ser pra rir/chorar/causar remorso e o mais que desejar o leitor.
sábado, 23 de abril de 2011
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