domingo, 24 de abril de 2011

SALGUEI O SANGUE DA CARNE
“Eu acredito no prazer da carne e na solidão irremediável da alma.”
Hjalmar Soderberg
Para meu amigo Paulo Lucena ( joia rara)


Meu chapéu carrega frutas
Deus disse que sabia mas não me tirou dessa.
A suavidade da pera compete com a goiaba.
Quero colorir as frutas querido leitor “lê-me, para aprender
/a amar-me”
Tudo é medido pelo tédio?
O cachorro “Nescau” uivava pra mim e dei-lhe um bico de pão.
Eu me comunico com o teu perfume de bebê.
Bem aqui perto eu tenho um oceano de uma cidade imunda.
E tudo que não presta sempre tem muita sede.
Contemplo sinal vermelho...ouvido zumbizado capta
/”pega a formiga, enche a barriga com serragem, depois costura
/a boquinha de cada uma”.
Suspendo o poema enquanto os objetos bóiam.
A infanta chora jasmins caídos.
Salguei o sangue da carne
E, depois comi a maçã verde de Magrite.

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