quinta-feira, 6 de maio de 2010

GERAÇÃO Y-WORD

“(...) sono que deslinda a meada enredada das preocupações,
/ o sono é o banho reparador do trabalho doloroso, o bálsamo
/das almas feridas, o segundo prato na mesa da grande
Natureza, o principal alimento do festim da vida.”
( Shakespeare. In: Macbeth )

Para meu amigo de todas as eternidades, Ricardo Cruz

Vou sair com mantos, sapatos de botões, escudos, chapéus e
/elmos.
Sinto que estou amamentando uma ninhada morta.
A indomada chegou, armadilhas e venenos não me pegam mais.
Minha alma está precisando ser aguada...
Eu não quero um cochilo psíquico.
Trabalhar certas horas é como ir ao inferno de Dante
/todo dia e ficar passeando no umbral.
Sou russa: uma paulada para os dias trabalhados,
/uma wodka para os dias de folga.
Posso ficar distante de um anjo
Porque este anjinho é um jumbo voando que
/você vai ter que montar o motor no ar.
Sorvo-me
Sorve-te
Engesso-te
Quero meu selvagem da motocicleta
E meu Blanchot de Paris.
Não começou
Mas acabou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário